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domingo, 27 de março de 2011
FOI LINDO
Já fiz amor dentro dor mar
senti q o meu orgasmo e orgasmo de quem estava comigo se espalhava
em circulos pela água e seguia por todo o oceano,
foi lindo
(edu planchêz)
O VENTRE

o ventre de meus poemas acomoda todos os sedimentos
das últimas cheias, dos últimos terremotos,
os próximos gemidos que darás no momento do nosso uníssono orgasmo
é na curva dessa noite que ancoro meus artefatos florais,
as castanholas-unhas que precisas para amar meu violão
e meu tapete corpo
vens gulosa...a noite merece tal gula, tal queijo,
toda a alma do vinho
e eu moro ali mesmo, entre os pincéis,
pelas palhinhas do sambura,
nas costuras dessa calcinha rendada
(edu planchêz)
quinta-feira, 24 de março de 2011
Eu passo meu esperma nas pétalas da flor

E eu passo meu esperma pelas paredes do mundo,
pelas peles dos animais silvestres,
nas raízes mais profundas das árvores
que afloram no abissal
Poeta bicho,eu,
nadando no lodo das configurações
de um novo mundo,
de uma no espécie mais amiga da lua
e dos leões
Eu passo meu espesso esperma na língua de seta
da serpente que engoliu o mundo que conhecemos
e o mundo que não conhecemos
Me elevo ao patamar dos gorilas
para colher as folhas da planta
inventada pelos seres imaginários
Eu passo meu esperma nas pétalas da flor
(edu planchêz)
ovos-cabeças
quarta-feira, 23 de março de 2011
o verão e todos os seus motivos

Inseguro,
ouvindo os estalos das coisas interiormente quebradas,
me espremo para esboçar esse poema
O que esse medo quer me dizer,
o que relata essa estranha voz?
Vou buscar nos passeios dos pássaros,
nas penas dos pássaros,
as cores bonitas da minha continua história
Esse poema me ajuda a reaver os fios,
os pés e a cabeça,
a aliança de mim comigo mesmo
Volto a me sentir seguro,
volto a me sentir
em meio ao frio submerso em meu ser,
é como se cada uma de minhas células fossem uma caverna,
um esconderijo, um abrigo
O medo pode ter a forma de um cão,
o gosto de um besouro, de uma centopeia primitiva
que caminhou no inicio do inicio
Ouço o ronco de um motor,
o cair de uma bola de gude,
os pingos da futura chuva
É como se o céu fosse um manto de fogo
cobrindo minhas costas
para devolver aos meus olhos e garganta
o verão e todos os seus motivos
(edu planchêz)
segunda-feira, 21 de março de 2011
AS ARARÁS DE KATHERINE DE NEVE
quinta-feira, 10 de março de 2011
uma criança chegando ao mundo, uma flor de pêssego pousada sobre o colo do novo

Eu que ando longe dos livros, longe da Lapa,
longe das casas que não são invadidas por mosquitos...
passo as roupas da vida com os aparelhos da vida mesmo,
e continuo sendo simples, artista operário das palavras esvoaçantes,
das palavras tímidas, do canto risonho (nesse agora)...
Vou e não vou ao pontinho azul que fica submerso
em teu brilhante umbigo
E não tenho porquês, mas tenho o cinema, encontrado
e perdido nos vãos dos dentes
refletores das ondas do mar do Recreio dos Bandeirantes
Penso em minha irmã Alice Fernandes...grávida de sete meses...
nas terra do sul desse país... assando em seu ventre um ser,
uma menina de genética paterna irlandesa, de sabores brasileiros...
uma criança chegando ao mundo,
uma flor de pêssego pousada sobre o colo do novo
(edu planchêz)
segunda-feira, 7 de março de 2011
O TEMP0 NOVO ME ARRANCA DA CAMA COM MÃOS DE SÂNDALO

Envelheci mil anos pós a partida de minha mãe...
percebo nitidamente, o branco tomou o centro de meu crânio,
raios ultra-amarelos fincaram punhais de sol na minha carne perene
Algo novo ou algo velho se fez crescente por esse escuros dias,
minhas lamparinas haviam minguado,
ao ponto d'eu achar que não passavam sonolentas formigas
Mas hoje pisei no mar, pisei no manancial de onde toda vida veio,
e que virá doravante são protozoárias irradiações marinhas
para cobrir toda a minha sutil vida de pérolas e escamas reais
Eu sou um Rei pequenino movendo grãos de areia
no interior de uma antiga ampulheta
O tempo novo me arranca da cama com mãos de sândalo
(edu planchêz)
sábado, 5 de março de 2011
Meu caralho é o sol que queres, a lua que afunda na lama tua

sob as luzes de tudo coroo-me Rei do carnaval sem sentido
com todos os sentidos
e sigo no cordão dos mascarados tocando um instrumento de nuvens,
nu e com todas as roupas
o tempo passou o rodo em nosso velhos móveis...
a"roda viva" arrastou meus pés até o mar...
me tornei um navio...
uma baleia Orca, um celacanto sem freio
apinhado de barbatanas saturnianas
Meu caralho é o sol que queres,
a lua que afunda na lama tua
Nenhuma morte pode romper os laços dos biliões de anos-luzes do nosso amor arrombado
Evoco Pasolini, evoco os monstros marinhos que devoraram os séculos
e as mãos de Artaud,
e hão de devorar essas palavras e por elas serem devoradas
(edu planchêz)
o que não suporta escravos

"sou metal, raio, relâmpago e trovão"
E o meu caminho,
e o o teu caminho, é um bando de arco-íris,
um salão de cristal iluminado pelos rostos dos Bhudas
das multiplas direções do sangue
Eu sou quase tudo, quase nada, um punhado de petalas,
um temporal inteiro de gotículas azuis,
teu irmão, tua irmã...
homem e mulher e o que está além e o que está antes disso
Escrevo para suplantar o pequeno, o que se arrasta,
o que não suporta escravos
(edu planchêz)
sexta-feira, 4 de março de 2011
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