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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O mapa do céu


A Tábua das Marés mira a ponta do céu...
assim,foi para os Assírios, assim é para nós

O Mapa do céu vem sendo o mesmo e mudando através dos segundos,
das manifestações espontaneas do que pensamos
e do que não pensamos

(edu planchêz)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

aves que sobrevoam os campos de maçãs











O telefone toca dentro do meu peito...
o ventilador, atira-se do alto de minha cabeça,
para o espaço sideral da casa

ouço as notícias desse dia,
o vento, o ar em movimento,
as enguias que são meus dedos destravarem
meus sentimentos e as comportas da represa
que eu mesmo em mim erigi

convoco as borboletas e as mariposas,
quero voar com elas e com os corvos
chegar no epicentro do poema

me comunico com as partes doloridas do meu ser,
com as nuvens,
com as aves que sobrevoam os campos de maçãs

(edu planchêz)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

POEMA CENTRAL




(para Tatyane Luíza, amorzinho meu)

Poema Central...
centro de tudo, das centelhas estrelas oxigenadas,
do umbigo da Terra, das rodovias infindas...
E eu nunca tiro os pés da estrada, os olhos dos céus,
as mãos de teu corpo, a língua dos livros

Poema periférico...
escorrendo pelo chão, pela chama que nos mantém
Acarpetado pela arte de percorrer o trajeto,
a trajetória da máquina, o pensamento do sol...
sigo movendo os raios da roda,
as manivelas do inconsciente coletivo

Poema nascido na garganta, nas vozes que entoo
para atrair os espíritos,
as avalanches numerosas que lavam a tarde

Sou um bicho com sono e sem sono
sorvendo a seiva viva do momento
que escrevo o central poema periférico

(edu planchêz
)