tag:blogger.com,1999:blog-29988323912769276342024-03-14T00:38:36.772-07:00POEMA CENTRALLivro de EDU PLANCHÊZPLANCHÊZhttp://www.blogger.com/profile/09178522661916800578noreply@blogger.comBlogger18125tag:blogger.com,1999:blog-2998832391276927634.post-30811221297516432342011-04-04T00:32:00.000-07:002011-04-04T02:08:19.277-07:00O DONO DO MUNDO<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/-fU7pDSok4po/TZmEXE7lNqI/AAAAAAAAENA/qQOpI5sdjcE/s1600/148806_1478835418566_1464187504_995078_1463668_n.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 130px; height: 101px;" src="http://1.bp.blogspot.com/-fU7pDSok4po/TZmEXE7lNqI/AAAAAAAAENA/qQOpI5sdjcE/s320/148806_1478835418566_1464187504_995078_1463668_n.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5591645944352683682" /></a><br /><span style="font-weight:bold;"><br /><br />o dono do mundo (que sou eu me mesmo) me disse...<br />"você é não dono de nada,<br />de nada, de tudo, de quase tudo, de quase"<br /><br />e eu que sou de nada piso nas farpas,<br />nas caras das pedras sem pedir ao sol da noite<br />uma pitada de fogo, uma pitada dos sonolentos gatos<br /><br />a mulher que aqui está parece não perceber-me,<br />não perceber os caminhos que os astros fazem<br />por dentro dos esquadros da casa<br /><br />é triste ver alguém que no meu entender nunca prestou atenção<br />numa flor, num cometa cadente <br /><br />eu não sou nada, incapaz de tocar seu coração,<br />sua mente com o fermento do que aprendi<br /><br />ela é vazia, um balão oco, sem passado, sem presente, sem futuro,<br />sem ancestrais, sem sonhos mágicos<br /><br />como doí isso para um homem que busca os caminhos do sábio;<br />que dor ver a pessoa que me acompanha há tantos anos<br />viver de forma tão leviana, superficial<br /><br />é um castigo, uma tragédia,<br />apostar tanto num ser e vê-lo depois de tudo que vivemos <br />e vimos, ainda ignorante,<br />sem filosofia, sem ideiáis,<br />mergulhado na existência milenar dos mortais <br />que já nasceram mortos<br /><br /> (edu planchêz)</span>PLANCHÊZhttp://www.blogger.com/profile/09178522661916800578noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2998832391276927634.post-27002627018033887232011-04-02T22:14:00.000-07:002011-04-02T23:34:47.617-07:00ALMAS QUE BUSCAM<span style="font-weight:bold;">Pinturas esparramadas nas costas da noite que acabo de abraçar<br />Partituras de canções feitas por um azulão real<br />são trazidas pela brisa cor de maçã<br />cá para os campanarios da casa minha,<br />da casa das mariposas alucinadas,<br />reino esse que um dia hei de deixar para os meus filhos,<br />para os que traçaram sobre a terra suas façanhas e derrocadas<br /><br />Me aventuro tocar no vidro braço teu,<br />me aventuro...e navego bem seguro no elétrico raio,<br />na correnteza de todas as almas que buscam<br /><br />Noite essa que me deixa sentado sobre um sino,<br />sob os galhos ensopados de flores de laranja<br />Oh noite! Oh lavrada pedra que possuí o formato da minha e da tua cabeça!<br />Nem mesmo Alexandre (O Grande) obteve das vagas tais escunas<br /><br />Escutái os solavancos das coisas móveis, das coisas estáticas<br /><br />(edu planchêz)<span style="font-weight:bold;"><span style="font-weight:bold;"><span style="font-weight:bold;"></span></span></span></span>PLANCHÊZhttp://www.blogger.com/profile/09178522661916800578noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2998832391276927634.post-22082445764261028152011-04-01T18:34:00.000-07:002011-04-01T19:27:17.179-07:00Vivendo sobre uma bola de pedra<span style="font-weight:bold;">Vivemos sobre uma bola de pedra <br />(que segundo os atuais cientistas<br />é uma bola de pedra nada tão assim redonda,<br />chata, cheia de acidentes...<br />mas é a nossa bola de pedra, a nossa mãe pedra, <br />rica de luzes, de ventos solares ( o vento do norte)<br /><br />Somos integrantes, <br />pais e filhos e netos da grande história do Cosmos,<br />como isso é grandioso e apaixonante...<br />sou extremamente feliz de ter consciência de tais maravilha<br />Entro com você na Terra, no embrião do planeta onde o calor<br />é superior ao calor dos grandes trópicos,<br />mas não é superior ao calor do nosso ventral beijo<br /><br /> (edu planchêz)<span style="font-weight:bold;"></span></span>PLANCHÊZhttp://www.blogger.com/profile/09178522661916800578noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2998832391276927634.post-15785271177444733392011-03-27T22:13:00.000-07:002011-03-27T22:15:34.335-07:00FOI LINDO<span style="font-weight:bold;"><br />Já fiz amor dentro dor mar<br />senti q o meu orgasmo e orgasmo de quem estava comigo se espalhava <br />em circulos pela água e seguia por todo o oceano,<br />foi lindo <br /><br />(edu planchêz)<span style="font-weight:bold;"></span></span>PLANCHÊZhttp://www.blogger.com/profile/09178522661916800578noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2998832391276927634.post-76011195716710638512011-03-27T10:09:00.000-07:002011-03-27T10:11:52.912-07:00O alimento, a boca pega, o corpo cresce e faz o poema,<br />a broa de milho, o tesouro de mandiocaPLANCHÊZhttp://www.blogger.com/profile/09178522661916800578noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2998832391276927634.post-65921470714982266612011-03-27T00:51:00.000-07:002011-03-27T01:08:40.696-07:00O VENTRE<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/-Zu0rjVttyMw/TY7wPO-gqYI/AAAAAAAAEMI/PRhYcJAUoM0/s1600/163877_1668102334733_1002548487_31809556_7496160_s.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 86px; height: 130px;" src="http://1.bp.blogspot.com/-Zu0rjVttyMw/TY7wPO-gqYI/AAAAAAAAEMI/PRhYcJAUoM0/s320/163877_1668102334733_1002548487_31809556_7496160_s.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5588668332122352002" /></a><br /><span style="font-weight:bold;"><br /><br />o ventre de meus poemas acomoda todos os sedimentos<br />das últimas cheias, dos últimos terremotos,<br />os próximos gemidos que darás no momento do nosso uníssono orgasmo<br /><br />é na curva dessa noite que ancoro meus artefatos florais,<br />as castanholas-unhas que precisas para amar meu violão<br />e meu tapete corpo<br /><br />vens gulosa...a noite merece tal gula, tal queijo,<br />toda a alma do vinho <br /><br />e eu moro ali mesmo, entre os pincéis, <br />pelas palhinhas do sambura,<br />nas costuras dessa calcinha rendada<br /><br /> (edu planchêz)<span style="font-weight:bold;"><span style="font-weight:bold;"></span></span></span>PLANCHÊZhttp://www.blogger.com/profile/09178522661916800578noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2998832391276927634.post-22393004534087872752011-03-24T23:11:00.000-07:002011-03-24T23:23:03.037-07:00Eu passo meu esperma nas pétalas da flor<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/-4lBBwFNCWwM/TYw0wLhU1OI/AAAAAAAAELU/0Z9tt0E2DMc/s1600/165760_1801358037495_1346141916_32086022_4545661_n.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="http://3.bp.blogspot.com/-4lBBwFNCWwM/TYw0wLhU1OI/AAAAAAAAELU/0Z9tt0E2DMc/s320/165760_1801358037495_1346141916_32086022_4545661_n.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5587899239990875362" /></a><br /><br /><br /><span style="font-weight:bold;">E eu passo meu esperma pelas paredes do mundo,<br />pelas peles dos animais silvestres,<br />nas raízes mais profundas das árvores<br />que afloram no abissal<br /><br />Poeta bicho,eu,<br />nadando no lodo das configurações <br />de um novo mundo,<br />de uma no espécie mais amiga da lua<br />e dos leões<br /><br />Eu passo meu espesso esperma na língua de seta<br />da serpente que engoliu o mundo que conhecemos<br />e o mundo que não conhecemos<br /><br />Me elevo ao patamar dos gorilas<br />para colher as folhas da planta<br />inventada pelos seres imaginários<br /><br />Eu passo meu esperma nas pétalas da flor<br /><br /> (edu planchêz) <span style="font-weight:bold;"><span style="font-weight:bold;"></span></span></span>PLANCHÊZhttp://www.blogger.com/profile/09178522661916800578noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2998832391276927634.post-74510517110134685332011-03-24T22:02:00.000-07:002011-03-24T22:17:28.685-07:00ovos-cabeças<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/-q-U_9DmUZiI/TYwlYIVAFHI/AAAAAAAAELM/TAxWn4F7B0k/s1600/marilza%2Be%2Beu"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 256px; height: 192px;" src="http://3.bp.blogspot.com/-q-U_9DmUZiI/TYwlYIVAFHI/AAAAAAAAELM/TAxWn4F7B0k/s320/marilza%2Be%2Beu" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5587882334142600306" /></a><br /><br /><span style="font-weight:bold;"><br />Cabeças de ovos sem nada dentro povoam o planeta,<br />resta-nos encher esses ovos-cabeças <br />com o leite do pensamento dos mestres<br />O ser humano que vive sem arte não passa de um ovo ôco,<br />são espéctros vagando sobre miolos de pão,<br />aranhas secas que não caçam a alma das coisas<br /><br /> (edu planchêz)<span style="font-weight:bold;"><span style="font-weight:bold;"></span></span></span>PLANCHÊZhttp://www.blogger.com/profile/09178522661916800578noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2998832391276927634.post-50050654374349859242011-03-23T21:55:00.001-07:002011-03-24T22:52:20.751-07:00o verão e todos os seus motivos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/-pCJoWORoK7c/TYrU8Oqvz1I/AAAAAAAAEK8/wdHJv1cjvRY/s1600/%25C3%258Dndice.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 259px; height: 194px;" src="http://4.bp.blogspot.com/-pCJoWORoK7c/TYrU8Oqvz1I/AAAAAAAAEK8/wdHJv1cjvRY/s320/%25C3%258Dndice.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5587512418901151570" /></a><br /><br /><br /><span style="font-weight:bold;"><br />Inseguro, <br />ouvindo os estalos das coisas interiormente quebradas,<br />me espremo para esboçar esse poema<br />O que esse medo quer me dizer,<br />o que relata essa estranha voz?<br /><br />Vou buscar nos passeios dos pássaros, <br />nas penas dos pássaros,<br />as cores bonitas da minha continua história<br /><br />Esse poema me ajuda a reaver os fios,<br />os pés e a cabeça,<br />a aliança de mim comigo mesmo <br /><br />Volto a me sentir seguro,<br />volto a me sentir<br />em meio ao frio submerso em meu ser,<br />é como se cada uma de minhas células fossem uma caverna,<br />um esconderijo, um abrigo<br /><br />O medo pode ter a forma de um cão,<br />o gosto de um besouro, de uma centopeia primitiva<br />que caminhou no inicio do inicio<br /><br />Ouço o ronco de um motor,<br />o cair de uma bola de gude,<br />os pingos da futura chuva<br /><br />É como se o céu fosse um manto de fogo<br />cobrindo minhas costas<br />para devolver aos meus olhos e garganta<br />o verão e todos os seus motivos<br /><br /> (edu planchêz)</span>PLANCHÊZhttp://www.blogger.com/profile/09178522661916800578noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2998832391276927634.post-75569600011883895502011-03-21T22:28:00.000-07:002011-03-23T23:32:50.365-07:00AS ARARÁS DE KATHERINE DE NEVE<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/-7ZzrRTiWL3k/TYrOgajghtI/AAAAAAAAEK0/kdMHwOvkThg/s1600/EDU%2BPLANCHEZ%2BCABELO.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 259px; height: 194px;" src="http://2.bp.blogspot.com/-7ZzrRTiWL3k/TYrOgajghtI/AAAAAAAAEK0/kdMHwOvkThg/s320/EDU%2BPLANCHEZ%2BCABELO.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5587505343985911506" /></a><br /><span style="font-weight:bold;"><br />caminho na face escura da lua, caminho na lua,<br />entro e saio de crateras,<br />sempre mirando o talhe de meu rosto,<br />sempre ouvindo o uirapurú de Villa Lobos<br />e as ararás de Katherine De Neve <br /><br /> (edu planchêz)<span style="font-weight:bold;"></span></span>PLANCHÊZhttp://www.blogger.com/profile/09178522661916800578noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2998832391276927634.post-25716490167423753232011-03-10T21:50:00.000-08:002011-03-23T23:32:30.059-07:00uma criança chegando ao mundo, uma flor de pêssego pousada sobre o colo do novo<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/-ap5J_qZM3SM/TXm8GyY5zuI/AAAAAAAAEKA/HccHDsBgkR0/s1600/Z1dnn7sz.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 120px; height: 160px;" src="http://4.bp.blogspot.com/-ap5J_qZM3SM/TXm8GyY5zuI/AAAAAAAAEKA/HccHDsBgkR0/s320/Z1dnn7sz.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5582700037893902050" /></a><br /><span style="font-weight:bold;"><br /><br />Eu que ando longe dos livros, longe da Lapa, <br />longe das casas que não são invadidas por mosquitos...<br />passo as roupas da vida com os aparelhos da vida mesmo,<br />e continuo sendo simples, artista operário das palavras esvoaçantes,<br />das palavras tímidas, do canto risonho (nesse agora)...<br /><br />Vou e não vou ao pontinho azul que fica submerso<br />em teu brilhante umbigo<br /><br />E não tenho porquês, mas tenho o cinema, encontrado<br />e perdido nos vãos dos dentes<br />refletores das ondas do mar do Recreio dos Bandeirantes<br /><br />Penso em minha irmã Alice Fernandes...grávida de sete meses...<br />nas terra do sul desse país... assando em seu ventre um ser,<br />uma menina de genética paterna irlandesa, de sabores brasileiros...<br />uma criança chegando ao mundo,<br />uma flor de pêssego pousada sobre o colo do novo <br /><br /> (edu planchêz)</span>PLANCHÊZhttp://www.blogger.com/profile/09178522661916800578noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2998832391276927634.post-83651056955575138502011-03-07T23:43:00.000-08:002011-03-23T23:32:04.320-07:00O TEMP0 NOVO ME ARRANCA DA CAMA COM MÃOS DE SÂNDALO<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/-Sr4z0nlq9u8/TXXh186e36I/AAAAAAAAEJ4/k2-v9tRFolE/s1600/167686_179835365370254_100000313761651_487953_685683_s.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 115px; height: 130px;" src="http://1.bp.blogspot.com/-Sr4z0nlq9u8/TXXh186e36I/AAAAAAAAEJ4/k2-v9tRFolE/s320/167686_179835365370254_100000313761651_487953_685683_s.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5581615630196334498" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><span style="font-weight:bold;">Envelheci mil anos pós a partida de minha mãe...<br />percebo nitidamente, o branco tomou o centro de meu crânio,<br />raios ultra-amarelos fincaram punhais de sol na minha carne perene<br /><br />Algo novo ou algo velho se fez crescente por esse escuros dias,<br />minhas lamparinas haviam minguado, <br />ao ponto d'eu achar que não passavam sonolentas formigas<br /><br />Mas hoje pisei no mar, pisei no manancial de onde toda vida veio,<br />e que virá doravante são protozoárias irradiações marinhas<br />para cobrir toda a minha sutil vida de pérolas e escamas reais<br /><br />Eu sou um Rei pequenino movendo grãos de areia <br />no interior de uma antiga ampulheta<br /><br />O tempo novo me arranca da cama com mãos de sândalo<br /><br /> (edu planchêz)<br /><br /></span>PLANCHÊZhttp://www.blogger.com/profile/09178522661916800578noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2998832391276927634.post-69938726701923350552011-03-05T19:55:00.000-08:002011-03-23T23:31:32.453-07:00Meu caralho é o sol que queres, a lua que afunda na lama tua<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/-So_ON3b144s/TXMNncyWqtI/AAAAAAAAEJI/fR13jEStQEc/s1600/163816_1469444546388_1541821948_30969009_1423191_s.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 114px; height: 130px;" src="http://1.bp.blogspot.com/-So_ON3b144s/TXMNncyWqtI/AAAAAAAAEJI/fR13jEStQEc/s320/163816_1469444546388_1541821948_30969009_1423191_s.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5580819334635629266" /></a><br /><span style="font-style:italic;"><br /><br />sob as luzes de tudo coroo-me Rei do carnaval sem sentido<br />com todos os sentidos<br />e sigo no cordão dos mascarados tocando um instrumento de nuvens,<br />nu e com todas as roupas<br /><br />o tempo passou o rodo em nosso velhos móveis...<br />a"roda viva" arrastou meus pés até o mar...<br />me tornei um navio... <br />uma baleia Orca, um celacanto sem freio<br />apinhado de barbatanas saturnianas<br /><br />Meu caralho é o sol que queres,<br />a lua que afunda na lama tua<br /><br />Nenhuma morte pode romper os laços dos biliões de anos-luzes do nosso amor arrombado<br /><br />Evoco Pasolini, evoco os monstros marinhos que devoraram os séculos<br />e as mãos de Artaud,<br />e hão de devorar essas palavras e por elas serem devoradas<br /><br /> (edu planchêz)</span>PLANCHÊZhttp://www.blogger.com/profile/09178522661916800578noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2998832391276927634.post-86417219878254142712011-03-05T13:46:00.000-08:002011-03-23T23:31:06.207-07:00o que não suporta escravos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/-3aLwv8FM-gM/TXKzG7LPozI/AAAAAAAAEJA/VOeJ9fR-GsM/s1600/galadriel.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 160px; height: 253px;" src="http://3.bp.blogspot.com/-3aLwv8FM-gM/TXKzG7LPozI/AAAAAAAAEJA/VOeJ9fR-GsM/s320/galadriel.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5580719819810906930" /></a><br /><span style="font-style:italic;"><br />"sou metal, raio, relâmpago e trovão"</span><br /><br /><span style="font-weight:bold;"><br />E o meu caminho, <br />e o o teu caminho, é um bando de arco-íris,<br />um salão de cristal iluminado pelos rostos dos Bhudas<br />das multiplas direções do sangue<br /><br />Eu sou quase tudo, quase nada, um punhado de petalas,<br />um temporal inteiro de gotículas azuis,<br />teu irmão, tua irmã...<br />homem e mulher e o que está além e o que está antes disso<br /><br />Escrevo para suplantar o pequeno, o que se arrasta,<br />o que não suporta escravos<br /><br /> (edu planchêz)</span>PLANCHÊZhttp://www.blogger.com/profile/09178522661916800578noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2998832391276927634.post-34381078839647772342011-03-04T19:33:00.000-08:002011-03-23T23:30:24.516-07:00poema filho da noite<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/-u55kxPMux9A/TXGvPoaxCrI/AAAAAAAAEIw/ed2Ivd_Jg1s/s1600/74372_117109798352155_100001594073212_121978_3422911_n.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="http://3.bp.blogspot.com/-u55kxPMux9A/TXGvPoaxCrI/AAAAAAAAEIw/ed2Ivd_Jg1s/s320/74372_117109798352155_100001594073212_121978_3422911_n.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5580434096371337906" /></a><br /><br /><br /><span style="font-style:italic;">Tenho o pêlo da arte envolvendo meu pescoço,<br />de joelho te saúdo, te beijo a boca.<br />(EDU PLANCHÊZ)<span style="font-style:italic;"><span style="font-style:italic;"></span></span></span>PLANCHÊZhttp://www.blogger.com/profile/09178522661916800578noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2998832391276927634.post-71857868584669969522011-02-28T21:47:00.000-08:002011-03-23T23:29:59.055-07:00O mapa do céu<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/-L25EO0c7uso/TXG86XJDNFI/AAAAAAAAEI4/w73t_ky_eoM/s1600/Zrkr54b.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 160px; height: 213px;" src="http://4.bp.blogspot.com/-L25EO0c7uso/TXG86XJDNFI/AAAAAAAAEI4/w73t_ky_eoM/s320/Zrkr54b.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5580449124119163986" /></a><br /><span style="font-weight:bold;">A Tábua das Marés mira a ponta do céu...<br />assim,foi para os Assírios, assim é para nós<br /><br />O Mapa do céu vem sendo o mesmo e mudando através dos segundos,<br />das manifestações espontaneas do que pensamos <br />e do que não pensamos<br /><br /> (edu planchêz)</span>PLANCHÊZhttp://www.blogger.com/profile/09178522661916800578noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2998832391276927634.post-86102968907133785552011-02-26T21:14:00.000-08:002011-03-23T23:29:30.749-07:00aves que sobrevoam os campos de maçãs<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/-xJLowSxtMh8/TWnhN1kNNHI/AAAAAAAAEIg/vsFJnUEPR1U/s1600/cerejeiras2.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 259px; height: 194px;" src="http://4.bp.blogspot.com/-xJLowSxtMh8/TWnhN1kNNHI/AAAAAAAAEIg/vsFJnUEPR1U/s320/cerejeiras2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5578237241308558450" /></a><br /><span style="font-weight:bold;"><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />O telefone toca dentro do meu peito...<br />o ventilador, atira-se do alto de minha cabeça,<br />para o espaço sideral da casa<br /><br />ouço as notícias desse dia, <br />o vento, o ar em movimento,<br />as enguias que são meus dedos destravarem<br />meus sentimentos e as comportas da represa<br />que eu mesmo em mim erigi <br /><br />convoco as borboletas e as mariposas,<br />quero voar com elas e com os corvos<br />chegar no epicentro do poema<br /><br />me comunico com as partes doloridas do meu ser,<br />com as nuvens,<br />com as aves que sobrevoam os campos de maçãs<br /><br /> (edu planchêz)</span>PLANCHÊZhttp://www.blogger.com/profile/09178522661916800578noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2998832391276927634.post-78463079325108764742011-02-25T22:00:00.000-08:002011-03-23T23:29:08.115-07:00POEMA CENTRAL<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/-Hc5MsooZkBI/TWibEEyo_bI/AAAAAAAAEIY/bwrETxSyZwM/s1600/allen%2Bginsberg.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 252px; height: 194px;" src="http://3.bp.blogspot.com/-Hc5MsooZkBI/TWibEEyo_bI/AAAAAAAAEIY/bwrETxSyZwM/s400/allen%2Bginsberg.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577878632806284722" /></a><br /><span style="font-weight:bold;"><br /><br /> <span style="font-style:italic;"> (para Tatyane Luíza, amorzinho meu)</span><br /><br />Poema Central... <br />centro de tudo, das centelhas estrelas oxigenadas,<br />do umbigo da Terra, das rodovias infindas...<br />E eu nunca tiro os pés da estrada, os olhos dos céus,<br />as mãos de teu corpo, a língua dos livros<br /><br />Poema periférico...<br />escorrendo pelo chão, pela chama que nos mantém<br />Acarpetado pela arte de percorrer o trajeto,<br />a trajetória da máquina, o pensamento do sol...<br />sigo movendo os raios da roda, <br />as manivelas do inconsciente coletivo<br /><br />Poema nascido na garganta, nas vozes que entoo<br />para atrair os espíritos,<br />as avalanches numerosas que lavam a tarde<br /><br />Sou um bicho com sono e sem sono<br />sorvendo a seiva viva do momento<br />que escrevo o central poema periférico<br /><br /> (edu planchêz</span>)PLANCHÊZhttp://www.blogger.com/profile/09178522661916800578noreply@blogger.com0