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segunda-feira, 7 de março de 2011
O TEMP0 NOVO ME ARRANCA DA CAMA COM MÃOS DE SÂNDALO
Envelheci mil anos pós a partida de minha mãe...
percebo nitidamente, o branco tomou o centro de meu crânio,
raios ultra-amarelos fincaram punhais de sol na minha carne perene
Algo novo ou algo velho se fez crescente por esse escuros dias,
minhas lamparinas haviam minguado,
ao ponto d'eu achar que não passavam sonolentas formigas
Mas hoje pisei no mar, pisei no manancial de onde toda vida veio,
e que virá doravante são protozoárias irradiações marinhas
para cobrir toda a minha sutil vida de pérolas e escamas reais
Eu sou um Rei pequenino movendo grãos de areia
no interior de uma antiga ampulheta
O tempo novo me arranca da cama com mãos de sândalo
(edu planchêz)
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